sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Mitos e Lendas Bascas

Mitos e Lendas Bascas

Apesar da cristianização sofrida pelo povo basco no ultimo milênio, e as perseguições da Inquisição - especialmente durante o século XVII, que contam em seus anais dois dos mais sangrentos da Inquisição: os processos de Logroño contra a chamada "seita das Bruxas de Zugarramurdi" e o de Bayonne, no País Vasco francês – o povo basco tem conservado numerosas lendas que nos transmitem uma antiguíssima mitologia própria.

A religião pré-cristã estava aparentemente centrada em um gênio ou divindade central de caráter feminino: Mari. Seu consorte Maju ou Sugar também parece ter alguma importância. Este casal ctônico (subterrâneo) parecia ter o poder ético supremo e também o poder de criar e destruir. Dizia-se que quando eles se reuniam nas cavernas e nos picos sagrados, engendravam tempestades. Estas reuniões se realizavam na noite de sexta-feira, o dia do akelarre (reunião das bruxas). Os "zezen gorri" o "behi gorri" (Betizu), touros selvagens autóctones, foram responsáveis por proteger os tesouros nas cavernas onde morava a deusa.
Dizia-se que Mari vivia no Monte Anboto, e periodicamente cruzava os céus como uma luz brilhante para ir para sua outra casa no monte Txindoki. Segundo uma das tradições, a cada sete dias Anbotoko Mari viajava de sua caverna no Monte Anboto para outro em outra floresta (de acordo com cada história, essa mudava), o tempo era úmedo quando estava no Monte Anboto e seco, quando estava no Alona ou Supelegor ou Gorbea. É difícil saber a antiguidade desta lenda, apesar de os elementos pagãos, um de seus nomes, Mari Urraca, a relaciona com a princesa histórica de Navarra dos séculos XI e XII e outras lendas dizem que tinha um irmão sacerdote católico, ou seu marido foi o primeiro senhor de Vizcaya, Diego López de Haro.
Outra suposta divindade celeste era Urtzi (o Ost, Ortzi: céu), é semelhante ao latino Júpiter, mas esta parece ter sido importada, uma vez que as lendas não a mencionam. No entanto, seu nome aparece nos dias de semana, nos meses e em fenômenos meteorológicos.
A velha religião Basca é, portanto, ctônica, tendo todos os seus personagens sua morada na terra e não no firmamento, que aparece como um caminho vazio por onde Mari ou Maju viajam de montanha em montanha ou pastoreiam seus rebanhos de nuvens.
As lendas também falam de muitos gênios, tais como:
  • Jentilak equivalente a gigantes.
  • Lamiako equivalente a sereias, ninfas e fadas.
  • Mairuak, os construtores de dólmenes ou círculos de pedra, que literalmente significa mouros neste aspecto deve ser notado que em muitas partes da Espanha é genericamente conhecido como Moro.
  • Iratxoak (que vem a significar "duendezinhos").
  • Sorginak, feiticeiras, sacerdotisas de Mari, ou simplesmente bruxas.
Basajaun é a versão basca do homem selvagem da floresta, mas tem grande importância no imaginário pagão Basco, em vários aspectos diferentes, quer como um protetor dos rebanhos e pastores, ou que desempenhem funções de um fauno, ou como um Deus de quem se roubam segredos tecnológicos (como a serra, a agricultura, etc).
Também aparece Txiki San Martín (San Martín o Pequeno"), que é uma figura lendária, assim como algum padre católico, que na mitologia basca atua de fato como mais um gênio.
Mamarro, que são os duendezinhos de casa, também conhecido em outras partes dos Pirinéus como Enemiguillos, que poderão ser benéficos ou travessos, mas também existem alguns casos em que um ser humano (geralmente um sacerdote) os tenha domesticado.
Sabemos que muitas dessas histórias se tornaram parte da cultura basca a poucos séculos atrás, ou como parte da superstição romana. Outros personagens da mitologia basca são Gaueko, Tartalo, o Galtzagorris, o dragão primogênito Herensuge.
Por outro lado, Jentilak ("gigantes") eram um povo lendário da Idade da Pedra, que vivia nas terras altas e que não conheciam o ferro. Muitas lendas dizem que eles eram muito grandes e muito fortes, mas foram expulsos pelos ferrones, ou ferreiros, até seu desaparecimento total. Eram pagãos, mas um deles, Olentzero, soube da chegada de Jesus Cristo e foi dar a boa notícia a todos os habitantes da sua terra, porque com este nascimento todos os seres mitológicos antes descritos desapareceriam para sempre. Olentzero, depois de trancar os Jentiles em uma caverna, foi dar a notícia.
Depois disso a tradição cristã o converteu em carvoeiro, que traz carvão para crianças más no Natal e presentes para os bons no País Basco.

Fonte: http://www.donostiapasoapaso.com/pt-BR/culturabasca/mitoselendas

ENTRAMOS NA CAMPANHA - NO BULLYING

ENTRAMOS NA CAMPANHA - NO BULLYING

Depois de recebermos emails, citações em blogs e tantos outros dispositivos ameaçadores e que só demonstram a falta de caráter, a infantilidade e o desrespeito a pessoas e instituições, aderimos à campanha NO BULLYING.

Afinal de contas, você compraria um livro de "bruxaria" de quem agride pessoas e instituições?
As entidades que patrocinam ou tem parceria, tal como editoras, tem plena ciência destas ações terroristas?

Pensem nisso! O Conselho de Bruxaria Tradicional é uma instituição filantrópica, busquem saber o motivo de tais pessoas não permitirem o acesso ao aprendizado deste caminho, será que coincidem com interesses financeiros na venda de livros?

Pensem nisso! Toda vez que tentarem calar sua boca através de agressões e limitações no seu modo de pensar; vivemos numa terra com liberdade de expressão, reparem em nossos textos, não citam nomes de pessoas ou instituições de forma destrutiva, poderíamos dizer isso dos que nos agridem?

O nosso compromisso vai além dos pensamentos individuais, somos uma instituição que luta para uma condição de um espaço melhor na sociedade com relação a crença, em que se possa falar abertamente, Sou Pagão, Sou Bruxo, certos que teremos nosso direito de liberdade religiosa, não somente para com a Lei, mas perante toda a sociedade, aceitos sem a carga pejorativa dada a nós no período medieval como adoradores do "diabo".

Buscamos ser mais um bote nesse mar de ignorância e intolerância religiosa, longe dos egos, dos desequilíbrios emocionais, dos interesses obscuros, da falta de compreensão e conhecimento. Todos os que nos procuram encontrarão nessa casa um solo firme e um telhado para fugir das tempestades da perseguição.

Portanto, faça sua parte e: NÃO COMPRE LIVROS DE QUEM FAZ BULLYNG.

Sem mais,

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Papai Chifrudo e Mamãe Luazinha

 São incansáveis textos que encontramos a devoção paternal e maternal aos deuses, mas seriam estes cultuados de uma forma de igual dependência em eras antigas? Em um sentido romantizado encontramos muitas formas de mencionar o culto aos deuses, tal como a mãe natureza/ filhos da natureza, mas devemos entender que os deuses são mais do que as necessidades psicológicas dos homens, eles simplesmente mão são paternos e maternos, não são nossos pais e mães, muito embora existam famílias que traçam sua linha genealógica com a mitológica, mas nesse caso, os deuses seriam no máximo ancestrais, contudo nunca papai e mamãe!

A Bruxaria Tradicional não é um caminho obscuro tal como não é um caminho rosa, é um caminho fluídico de entendimento sobre a sabedoria da Floresta, da essência pagã, contudo sem manter as falsas ilusões que muitos caem, exige comprometimento, profundidade, hoje vemos a banalização da mitologia utilizando do tarô como uma bíblia esotérica; observamos erros com desculpas esotéricas que o planeta X, Y e Z estavam no momento errado, que as combinações astrológicas combinadas com runas e o jogo de búzios desenvolveram um tramitar específico do destino!

Na Bruxaria Tradicional, que preza pelas origens, pela ancestralidade, o bruxo escolhe seu tramitar, ele decide qual paisagem quer seguir.

Hoje tal como há 30 anos as pessoas se contentam com muito pouco, preferem transitar na superficialidade da Terra a enfrentar o seu caos interior para poder renascer das cinzas do seu passado, elas ainda precisam se sentir maternalmente ligadas as divindades, preferem se reunir em locais abertos, tomar vinho barato, acender velas e incensos, vestir roupas que chamam a atenção, falar de dragões e unicórnios, de demônios ou falar de fadinhas comedoras de maçãs, terminam bêbadas ou drogadas e ao pisarem no asfalto vestem as caras de mal, viram vítimas, rebeldes sem causa, montam blog, ofendem pessoas na internet e no final estão lá vendendo cursinhos de coisas que não conhecem, batendo tambor, fazendo mapa astral ou jogando tarô.


Seguramente que nenhum tradicionalista iria por este caminho e certamente não iria ficar tão focado em um deus de chifres e sua consorte, pois separar o culto entre masculino e feminino não é base de nossas crenças na Bruxaria Tradicional, ou seja, não cultuamos um casal divino bem como não o temos como pai e mãe, mesmo que disfarçando em Diabo e Nossa Senhora da Encruzilhada ou Hades e Perséfone.



Por estas questões temos que esclarecer que a Bruxaria Tradicional, esta muito além do que as pessoas têm por entendimento, não temos a preocupação de cultuar os deuses no formato de casais, não temos a obrigatoriedade de realizar iniciações entre sacerdote e aprendiz intercalando por sexo (mulheres só iniciam homens e vice-versa), tal como não temos ligações com a ideologia feminista. Esta é uma preocupação de movimentos místicos da era moderna.

Os bruxos tradicionais definem sua Manifestação Mágica como uma Religião (Crença), no qual os bruxos cultuam as divindades da Terra e dos outros Mundos ...

O que chamamos hoje de “Antiga Religião” (Bruxaria) possui necessariamente relação direta e ancestral com os cultos antigos pagãos, as crenças advindas da Floresta.

 Sorginkeria - Bruxaria Tradicional Basca

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

O Que é Bruxaria Tradicional? | Sorkinkeria Bruxaria Tradicional Basca

Os bruxos tradicionais definem sua Arte como uma Religião (Crença), no qual os bruxos cultuam as divindades da Terra e dos outros Mundos ...

O que chamamos hoje de Bruxaria possui necessariamente relação direta e ancestral com os cultos antigos pagãos, as crenças advindas da Floresta.

Bruxaria tradicional é um termo que foi introduzido para se referir às tradições indígenas espiritual da Europa. Não há realmente nenhum termo coletivo histórico que poderia ser usado para se referir a essas tradições, assim o uso do termo Bruxaria Tradicional se encaixam muito bem. Aqueles que seguem esses caminhos tradicionais são muitas vezes referida como tradicionalistas.

Infelizmente, em um esforço para tradicionalistas para definir suas crenças e tradições culturais que variavam dramaticamente de as propostas dentro do movimento neo-pagão, de alguma forma o termo Bruxaria Tradicional também foi adotada por aqueles que se desencantou com o Neo-Paganismo e sua contraparte Wiccan. Outros ainda adoptado o termo Bruxaria Tradicional como um movimento rebelde contra a bondade coelho fofo e leve, que parecia estar se manifestando dentro de paganismo. Claro, isso desviou tão incrivelmente da definição de Bruxaria Tradicional e daqueles que realmente são tradicionalistas.
Bênçãos dos Deuses