domingo, 16 de dezembro de 2012


Vídeo - Estudos Históricos e Antropológicos sobre Bruxaria


Assistam a palestra de Ricardo DRaco fundador e conselheiro ativo do CBT (Conselho de Bruxaria Tradicional no Brasil). Uma palestra descontraída e de muito sucesso que deixou os participantes esclarecidos sobre as questões polêmicas que cercam a Bruxaria de base Pagã Tradicionalista.







Venha e participe! Em breve novos eventos reais e dedicados a peregrinos sinceros nesse caminho mágico e ancestral! Mais informações da CLÁN Dragones acesse o link e venha estudar e ritualizar conosco!
http://clan-dos-dragones.blogspot.com.br/2012/06/grupo-de-estudos-da-clan-dragones.html



CLAN DRAGONES 
Círculo de Bruxaria Tradicional Ibero-Celta

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

BRUXARIA TRADICIONAL: Papo de Pantera e o Ouro de Tolo


BRUXARIA TRADICIONAL: Papo de Pantera e o Ouro de Tolo


PAPO DE PANTERA E O OURO DOS TOLOS


“E lá estavam dois felinos sentados no alto da montanha de cor de terra vermelha prateada a discutir as questões profundas da alma”




Acendemos o nosso cachimbo e olhamos a planície, a humanidade esta povoando com suas luzes e barulhos, logo este santuário perecerá marcado por marcas de rodas, é uma pena, uma pena assim diziam, mas o homem não aprendeu a ter respeito, nem por ele, nem pelas pessoas, nem mesmo pelo que os alimenta, seja o alimento comum ou o alimento da alma e julgam conhecer e pertencer ao caminho, mesmo que tenham derrubado 24 árvores.



Julgam-se vítimas, mas no mundo não existem vítimas, somos o que fazemos e o que não fazemos. Eis a verdade que se perdeu para os homens que vivem com o ouro de tolo.

Alguns dizem, este é meu caminho, eu me encontrei! Ouro de tolo, se encontrou como? Cortando raiz de árvore? Claro que no começo achou que isto seria possível, afinal de contas às folhas estavam verdes ainda, agora murcharam e o tronco apodreceu, eis a sua independência! A sua liberdade! O seu fruto! Viva a ignorância do homem que se acha sábio, mas mora nas profundezas dos mais ignorantes homens, dos mais medíocres e limitados que acham que o mundo gira conforme o seu apático caminhar lento, sem idealismo, sem vontade, sem significância lhe restando o brilho do ouro de tolo e o vazio frio da alma.


Os homens medíocres acreditaram que tinham libertado almas sofridas, pastoreia com seu cajado de “ouro de tolo” pelas ruas a julgar que são defensores dos espíritos da floresta, se iniciou, puxou o saco, repudiou e tentou tirar a cadeira do seu antecessor, mas no mundo da magia isto não funciona, a única coisa que se faz ao empurrar uma árvore centenária é machucar os ombros e deixar que os frutos podres caiam para alimentar os vermes, coitado dos pobres frutos podres que esperam lealdade dos que caíram antes, lamentam estes pela falta de idealismo, afinal todo fruto deveria gerar árvores e consequentemente frutos, choram as sementes que poderiam ser, pobres sementes jogadas no asfalto e nas terras áridas da ignorância, sobram a estas puxarem o saco do infértil cacarejar para que sejam comidas e defecadas em outras paisagens e do obscuro verme sanguessuga e sua boca suja a babar insanidades aos quatro cantos do seu pequeno e longínquo mundo esquecido.

Esse é uma conversa de bruxos, não é conversa para crianças, inquisidores,  para minhocas ou gente de ponta cabeça, não é papo de quem olha apenas para seu ego, é conversa de gente que capta nas estrelas o verdadeiro som da melodia.


Então chore e lamente, o ouro que conseguiste roubando a terra, tem o mesmo valor que seu caráter, agora volte ao que era antes, muitos voltaram e aprecie a pantera a escalar a grande Árvore Sagrada, e que agora tu observarás de baixo para cima o quanto pequeno se tornou, embora em seu espelho pessoal imagine que a pantera diminuiu de tamanho, risos! Eis o simplório a observar o mundo conforme sua essência.

Somos hedonistas, senhor pequeno, bata em outras portas, pois não compramos o ouro dos tolos, não precisamos da ilusão e muito menos carregamos malas, vivemos bem em nosso santuário, muito além dos seus passos tortos, pobres e vazios.


Abraços Fraternos,

Ricardo DRaco

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

IBGE: Dados do Esoterismo e Jovens


IBGE: Dados do Paganismo e Jovens


Seguindo a pesquisa de entendermos melhor o segmento pagão, com dados do IBGE, desenvolvemos algumas projeções estatísticas, gostaríamos de passar a vocês alguns dados bem interessantes.

TOTAL DE PESSOAS PESQUISADAS - 190.755.799 (Brasil - Censo 2010)
Católica Apostólica Romana 123.280.172
Evangélicos 42.275.440
Tradições Esotéricas 74.013

Portanto temos aqui qual o nosso peso na sociedade, é de 0,04% (?), ou seja, não chegamos a nem 1%, e isto se entendermos que tradições esotéricas são todas as linhas místicas incluindo o paganismo.

Com relação ao mundo dos jovens segue artigo da Revista Veja:

"Boa parte dos teens está olhando para a religião como se estivesse diante de uma prateleira de supermercado. "É como um serviço self-service, em que a pessoa escolhe a que mais a atrai", define Mário Sérgio Cortella, professor do departamento de teologia e ciências da religião da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Os teens sentem-se à vontade para experimentar. Eles acreditam em Cristo, nos orixás e até em duendes, tudo ao mesmo tempo. Sobra ainda espaço para a proliferação de crenças alternativas, cujo maior atrativo é o inusitado, como cura por cristais, invocação de anjos e bruxaria.”.
Fonte: Revista Veja - Julho de 2003


Analisando os fatos estatísticos qual projeção faremos para a próxima década? Historicamente não muito, pois há de ser compreendido a pouca expressão do movimento, a exclusão de conscientização política mesmo que esta implique na conquista de direitos de igual forma a individualidade e não comprometimento para as questões mais profundas da sociedade.

Fonte: Estud

quarta-feira, 11 de julho de 2012

ALMA BASCA

LIVRO ALMA BASCA de Ana Luiza Panyagua Etchalus

 O motivo para ler ter lido este livro é totalmente particular, extremamente pessoal. Minha família é basca. Minha mãe nasceu em Vitória-Gasteiz em Alava. Minha avó em Tolosa, Guipuzkoa. E se não bastasse ser descendente direta de uma basca, o meu avô paterno era neto de bascos, porém do lado francês. Daí vem meus sobrenomes Jiménez Inda, sendo que pelo lado de minha avó materna eu sou Berruezo. Sempre busco por todas informações sobre esse povo único, o meu povo. Meu principal guia é meu tio-avó, que me conta a História dos livros, porém vivenciada por ele!

Um povo que resiste ao tempo. O único povo que possui uma língua tão antiga no ocidente, sem ligação alguma com qualquer língua Indo-europeia. Um idioma que segundo os estudiosos, vem da época da Idade da Pedra, e que não sofreu influência alguma das invasões sofridas pela região, nem mesmo dos romanos.
Um povo com sua própria cultura, aonde os laços sanguíneos são os mais importantes, aonde a sociedade é matriarcal e nada é mais sagrado que sua mãe. Sua terra, suas canções, suas danças, sua culinária, sua história.

Um tesouro que foi ameaçado por diversas vezes. A pior investida contra os bascos foi feita por Franco com o apoio de Hitler. A Guerra Civil Espanhola foi o primeiro passo da Grande Guerra. Foi o massacre de Guernica, aonde Picasso imortalizou o bombardeio num dos quadros mais famosos da história. Até quase a década de 80, era proibida a cultura basca. Uma das maiores censuras já imposta a um povo. Tudo era proibido, até mesmo falar ou escrever o idioma e registrar seus filhos com o nome verdadeiro. Muitos bascos guardavam o seu nome basco em segredo, apenas entre outros bascos e utilizavam no dia-a-dia o nome espanhol que consta no registro. Por isso o sentimento separatista é muito maior no lado espanhol que francês.

Por causa da perseguição política, muitos bascos fugiram para a América, muitos traziam suas famílias. E foi assim que minha mãe chegou ao Brasil. Atualmente os bascos possuem certa autonomia política em seu território, do lado espanhol. Já no lado francês, autonomia alguma. São 4 províncias na Espanha, muito desenvolvidas em vários setores da economia e artes, como na indústria, agricultura, pecuária. Um solo fértil e rico. A muralha dos Pireneus divide a Espanha da França e no lado francês existem 3 pequenas províncias que não são desenvolvidas como no lado espanhol. Mas um povo unido em alma e coração, ultrapassando as barreiras físicas.

O livro é simples e leve, e a autora na verdade é uma advogada. Ela sentiu uma grande necessidade em escrever este livro, já que quase não temos livros sobre os bascos no Brasil. E também uma necessidade pessoal, me contar sua experiência em visitar sua terra.
Eu me emocionei com este livro, aonde a autora primeiramente faz todo um resumo sobre a História Geografia e cultura basca. De forma como o leitor não encontrará jamais em outro livro brasileiro. Ela é de Porto Alegre e neta de bascos.
Apesar de ser um início muito didático, é interessante e um raro material.
Depois ela nos conta a história de sua família e sua viagem até o País Basco para encontrar parentes e visitar terras e conhecer sua origem e os detalhes do povo basco. Coisa que está em minhas prioridades nessa vida!
Ela explica o funcionamento das leis, foros, casas bascas. Direito no geral, pois ela é advogada. Fala sobre a culinária, os esportes (claro, a Pelota Basca) e religião. Como foi o último povo a se render ao Cristianismo na Europa, tendo ainda vestígios pagãos na cultura, como as lendas de bruxas e Mari.

Ela descobre o verdadeiro motivo do bombardeiro de Guernica e conta a história do Carvalho de Guernica e os foros. Achei estranho ela não saber, sendo descendente de bascos. Maravilhosa história que quase nenhum professor de História sabe contar. Eles costumam falar apenas sobre a chance das Forças alemães testarem seu armamento, mas a verdade foi muito mais complexa.

Livro perfeito para as pessoas conhecerem os bascos e suas curiosidades e cultura. Um livro maravilhoso para quem quando pensa em bascos imagina apenas ETA, terroristas, separatistas loucos... Os bascos são muito, muito diferentes disso. Um povo que merece muito respeito e admiração. Um povo muito mais antigo que os ibéricos ou gauleses, que resiste ao tempo, que mantém sua história sem ter se deixado afetar pelos povos que os tentaram dominar. Um povo rico culturalmente, alegre e esperançoso. Um povo que quer apenas voltar a ser livre. Enquanto existir um basco ou descendente próximo que seja basco em alma, o sonho pela liberdade basca jamais morrerá!

Esta pode se ruma de minhas mais simples resenhas, mas a que mais me emocionou.

www.leitoraviciada.com

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Os Perigos de Encontros e Rituais Públicos


 Os Perigos de Encontros e Rituais Públicos

Andando pela orla de Salvador/ BA acompanhado por outro bruxo tradicional da região, me mostrava a cidade e os aspectos históricos da mesma e me mostrou um local e algumas atividades que aconteciam ali.
Hermes: Aquele local ali o pessoal se encontra para fazer rituais.
DRaco: Em um lugar assim exposto?
Hermes: Sim, eles aparecem lá pela madrugada.
DRaco: Mas não é perigoso?
Hermes: Sim! Já houve dois casos de meninas violentadas, aqui a noite não tem ninguém e lá para trás, esta vendo? Tem uma pequena mata...
Fiquei pensando nisso por um bom tempo em como um evento gratuito pode sair bem caro, não é a primeira vez que vejo encontros neo-pagãos que acabam mal, lembro-me de um caso que saiu na imprensa sobre aprendizes que teriam entrado na mata atlântica para ritualizar na região de São Paulo e se perderam, quando os acharam já era tarde de mais...
Em outro relato mencionava o uso excessivo de bebida alcoólica e até mesmo drogas, já soube através de pessoas próximas que alguns frequentadores saiam distribuindo psicotrópicos em local aberto, orientei alguns com relação aos riscos de uma prática desastrosa, mas como é comum no neo-paganismo ninguém prestou atenção, quando os locais perceberam esse tipo de movimentação já era tarde demais, contudo proibiram o uso de bebida alcoólica, já que as drogas as pessoas se distanciavam um pouco e ali mesmo utilizavam.



AS PESSOAS QUE RECEBEM CONVITES PARA IREM A ENCONTROS PÚBLICOS
A primeira coisa a analisar é o que você esta buscando, qual é o seu objetivo? A grande maioria imagina que irá encontrar conhecimento e pessoas afins, aliás, é o que a maioria das pessoas esperam, contudo pessoas são pessoas em qualquer local e não é por que estão em alguma linha mágica que serão mais iluminadas, é um erro pensar que por ser um evento gratuito, com palestras não cobradas que tornam o mesmo melhor, posso dizer com toda a sinceridade que se sua base de julgamento for apenas o critério monetário irá se decepcionar, pois o palestrante até pode fazer uma caridade de dar uma palestra, mas magistas sérios tem trabalhos sérios e estes trabalhos incluem uma estrutura que envolve variáveis de custo. É como um hospital, qual você prefere frequentar? A Rede Pública de Saúde ou a Rede Particular? Por que acha que seria diferente no mundo mágico? Pois aprendemos que o sagrado não se cobra? Errado! Todo local se cobra, desde Igreja Católica ao Kardecismo, desde cursos de fitoterapia até medicina chinesa, mas a Ordem XYZ não cobra, vá até o local e verá que o sujeito faz os rituais no quintalzinho da casa dele e ele pede lá suas doações e você vai reparar que ali não rege a prosperidade, pois a maioria que frequenta é aquele mesmo povo que esta desempregado ou não acredita que aquele trabalho mereça ser cobrado, algumas dessas pessoas fazem por carência e ai você percebe tanto a vampirização emocional como a energética.
Provavelmente você vai querer ver onde vai dar, e no final vai perceber que o único conhecimento ali postado é aquele adquirido através de livretos, plagiado de outros trabalhos, e que antes, durante e depois do "ritual" será regido por fofoca e energias desequilibradas causadas pela falta de maestria do condutor como também o despreparo dos que ali estão.
E então você descobre que aquele seu objetivo do começo do artigo esta desfocado! Mas tudo é assim? Não! Existem alguns poucos espalhados longe da mídia que são coesos e raros de se encontrar, tão raros que por vezes até nos esquecemos deles! E provavelmente vocês os encontrarão em vilarejos, em lugares afastados ou em um círculo seleto de pessoas.
LOCAIS DOS ENCONTROS PÚBLICOS
Genericamente temos duas possibilidades aqui, uma é aquele pessoal que entra na madrugada em locais perigosos e a outra é ligada ao que chamo de propaganda a qualquer custo, portanto locais como parques públicos, onde muitas pessoas param e lá geram o espetáculo do pão e circo, um show que às vezes terminam com a depredação do local com pichações, com lixo gerado pelo famoso picnic e aos mais exaltados fazem as famosas fogueiras, hoje mesmo recebi uma informação de uma fogueira mal sucedida e que amargou prejuízos a mãe natureza e aos bombeiros! E todo dia descobrimos mais e mais informações causadas por irresponsabilidades!
AOS PALESTRANTES
É normal querer divulgar o conhecimento e o seu trabalho, eu já fiz algumas palestras gratuitas e sou um grande incentivador da prática, sempre acreditei que devíamos fazer as pessoas saírem do mundo virtual e adentrarem na prática, contudo não sou a favor de exposição em locais abertos por alguns motivos, o primeiro deles é o problema da organização, por serem locais de livre acesso qualquer pessoa pode lhe agredir, seja oralmente como fisicamente, eu já vi relatos de palestrantes reclamando da falta de respeito, a saída é evitar estes locais, principalmente quando falamos em religião e como em qualquer local sempre tem um mais fundamentalista e menos equilibrado.
A outra questão é qual o objetivo, digo que falamos de um público geralmente adolescente e sustentado pelos pais, buscando na rebeldia social a independência para conquistar o seu espaço, também temos os desempregados, os sovinas e as pessoas que não se adequam a local algum, não sei se é este o perfil de pessoas para agregar em um trabalho magista mais estruturado, mas se houver um real interesse existe a necessidade de um filtro, faça uma brincadeira, diga que a sua palestra vale R$ 20,00 e veja quantas pessoas ficam ali, e claro tenha senso de humor! As pessoas não valorizam conhecimento, valorizam status! Infelizmente, se assim não o fosse não agitariam o mercados das iniciações fast food!
AS MINHAS DESCULPAS
Antes que as pessoas comecem a me odiar por ter escrito este artigo, fazendo seus pre-julgamentos sobre como eu sou um bruxo malvado e tal... risos Digo sinceramente que respeito o idealismo das pessoas que querem juntar outras pessoas, o idealismo é belo, porém a realidade pode gerar uma grande decepção. Também não estou aqui para julgar quem faz rituais ou quem inicia pessoas em praça pública, se o magista inicia é por que tem público para isso, então cada um assuma a responsabilidade de seus atos, digo ainda que ninguém precisa brigar por aprendizes, pois com toda a certeza cada grupo trabalha com um segmento específico de pessoas e graças aos deuses que assim o é!
Mas uma coisa é fato, não pretendo divulgar mais encontros em parques públicos ou que não contam com uma estrutura profissional, pois na minha visão acaba sendo um desserviço para com a sociedade ocultista ocasionando um mal estar dado por uma propaganda negativa diante de tantos problemas gerados. E se eu o fizer será muito pontual tendo a certeza que haverão pessoas qualificadas voltadas a um trabalho que seja em acordo com as bases éticas que pregamos em nossos projetos e que não precisam ser necessariamente filantrópicas, no entanto, que possuam ao menos boas intenções e sejam livres das famosas panelinhas.

INDICAÇÕES


Existem diversos locais para se procurar, não vise apenas a questão financeira, vise conteúdo, tempo de trabalho, estrutura do local, o melhor caminho é procurar ordens iniciáticas consolidadas, Rosa Cruz, Thelema, Maçonaria, Golden Dawn, Pro Vida, entre outras, também existem bons centros holísticos, contudo não pensem apenas na Bruxaria como caminho magico, existem uma infinidade de caminhos  bem interessantes para seguir, entretanto saiba que o principal responsável por seu caminho espiritual, não é a Deusa, os Deuses, o sacerdote e sim a sua ilustríssima pessoa, então deixe de culpar os outros e assuma a sua luta por consciência!

Resposta de Repúdio as Organizações Pagãs

Para variar o polêmico Ricardo Draco pegando no calo de muita gente. E sim,quando pegamos no calo,sempre tem um que esperneia, ofende, mas nao cuida do calo.Vamos ver se as instituições tomam os seus devidos cuidados.Parabens e grande abraço a você Ricardo e posto em nossa casa a resposta.

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Resposta de Repúdio as Organizações Pagãs

O artigo aqui postado reflete apenas uma visão crítica de mundo, feita de modo genérico e sem o objetivo de ofender pessoas ou instituições, bem diferente das pessoas que nos são contrárias, porém continuo acreditando que devemos ter uma maior conscientização e poder colocar nosso ponto de vista, conforme a própria diretoria do ESP - Encontro Social Pagão apontou pelo trecho de Voltaire: "Posso não concordar com uma palavra do que diz, mas defenderei até a morte o seu direito de dizê-lo". Oras se todos temos o direito de concordar ou não, ele deve ao menos ser livre de repúdios e agressões pessoais, isto mostra certa diferença do idealismo para a ação, e estas contradições parecem cercar as atividades de alguns grupos, contudo o nosso foco não é falar mal de pessoas e organizações, mesmo que essas nos causem um certo receio ao se colocarem prontamente em posição de defesa.
Peço minhas sinceras desculpas aos que se sentiram incomodados, mas se posso ainda expressar minha opinião, digo que antes de gastarem energias com reclamações e ferir a opinião alheia deveria de haver pelo menos a reflexão e investir mais tempo resolvendo questões relativas às falhas que podem acontecer ou aconteceram, pois ninguém esta livre delas; os fatos colocados no artigo foram frutos de vivências de pessoas e do que foi mostrado pelos meios de comunicação, se esta ou aquela pessoa faz parte ou participou de alguma instituição não adentramos na questão inquisitória, pois o que devemos concordar é que ninguém em perfeita consciência deseja participar ou estar envolvido com a criminalidade (acho eu).
Em momento algum foi indicado que alguma organização seja a favor da distribuição de drogas, em momento algum foi dito que qualquer instituição incentiva o vandalismo.
Também devo dizer que não precisam pedir minhas desculpas oficialmente, pois já as faço nesse trecho:
AS MINHAS DESCULPAS - "Antes que as pessoas comecem a me odiar por ter escrito este artigo, fazendo seus pré-julgamentos sobre como eu sou um bruxo malvado e tal... risos Digo sinceramente que respeito o idealismo das pessoas que querem juntar outras pessoas, o idealismo é belo..."
Fico apenas pensativo que algumas lideranças pagãs nesse Brasil sejam tão limitadas a entenderem que o melhor modo de obterem o devido respeito seja calando e denegrindo pessoas que escrevam o que elas não querem escutar.
Também lamento o quanto estão aplicados a distorcer palavras por deficiência interpretativa/ ideológica ou por alguma estratégia publicitária, tal como lidam com relação às questões financeiras, pois gostaria mesmo, aliás todos nós pagãos, em ver eventos de qualidade sem custo algum, seja no âmbito coletivo como no particular, pois até onde se sabe muitos eventos são cobrados por instituições que criticam o artigo aqui colocado (?), e todos nos sabemos disso, meio contraditório..., entretanto não vamos criar mais polêmicas sobre estas questões, visto que logo receberemos um informe sobre cronograma e valores, cartões de loja ou consulta particular.
Com relação a iniciações e demonstrações públicas, segue o trecho:
"Também não estou aqui para julgar quem faz rituais ou quem inicia pessoas em praça pública, se o magista inicia é por que tem público para isso, então cada um assuma a responsabilidade de seus atos..."
Coloco aqui uma opinião muito clara que todos os leitores deveriam refletir, qual o real motivo que estas organizações de se sentirem tão ofendidas? Se a preocupação é apenas reunir pessoas, qual o motivo de não levarem às suas sedes? Será que estamos realmente fazendo um bom serviço em nome do paganismo com estas ações?  
Pontos que qualquer um pode avaliar também:
- Não conheço ninguém que jogue tarô, búzios, runas, consulta pessoal que não cobre, principalmente as pessoas mais conhecidas.
- O artigo é sobre os perigos que podem acontecer em eventos abertos e não uma restrição a prática.
- Nenhuma instituição vive de brisa, se você não paga alguém esta pagando e quem será que esta pagando a conta? (mistério).
- Existe maior probabilidade de pessoas com intenções fora de contexto estarem em eventos abertos, pois por lei eles possuem o livre acesso a locais públicos.
- Você organizador de eventos externos, pode garantir a segurança das pessoas? Quais dispositivos legais você possui para conduzir este evento? Tem a licença da prefeitura? Conta com força policial? Esta ciente dos perigos?
- A proibição de bebida alcoólica em propagandas de eventos públicos é comum, aplausos para iniciativa, contudo senão houvessem problemas com isso não haveria essa restrição.
- O fato de você, organizador externo, acreditar no seu trabalho, pode colocar a mão no fogo por outros organizadores e de outras instituições?
- Cada pessoa é livre para ir e vir, bem como o exercício da opinião em blog e comunidades, segue a lei:
Art. 220 (Constituição Federal)
A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição.
- Continuo acreditando que lugares com melhor estrutura possam gerar ferramentas para um melhor aprendizado, que quando cobrado podemos exigir ao menos qualidade.
- A minha opinião não mudou, alias se reforçou quando vejo artigos polêmicos gerarem movimentação contrária, começo a entender que onde existe fumaça tem fogo, e como um bom bruxo prefiro ficar longe das fogueiras! ;-) 
Ninguém esta livre de críticas, contudo as mesmas são importantes para melhorarmos os serviços e gerar reflexão, peço que as instituições revejam os seus processos. As pessoas que desejam um paganismo no mínimo mais sensato, digo que eu continuarei falando sobre temas polêmicos, de forma impessoal, com todo respeito e dedicação que a nossa sociedade ocultista merece.
Agradeço aos leitores que acessam esse canal de informação; o que falta ao nosso movimento pagão nacional são projetos eficazes, agregadores; trabalhos com seriedade e maduros, sem precisar bajular pessoas ou instituições que perdem tempo com picuinhas ao invés de reverem suas falhas, com locais com segundas intenções tendo como base a propaganda "grátis" em cima de uma ação montada no desrespeito a opiniões e politicagem virtual.
Respondido a estas questões continuaremos com nossos artigos.
Sem mais,
Ricardo DRaco

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Cobrar ou Não eis a Questão

BRUXARIA TRADICIONAL: Cobrar ou Não eis a Questão

Este artigo é um desafio pessoal, digo isso, pois dentro de nós temos o ideal e temos o real, o ideal me diz que devemos ser gentis com o nosso ideal espiritualizado em ajudar o próximo, fazer caridade, tirar pessoas de situações ruins e dar um exemplo de amor para com todos os nossos irmãos espirituais de forma a criar sempre uma corrente do bem. É uma visão que confesso ser do tipo "Poliana" e utópica, pois quanto mais conhecemos a humanidade, mais vontade temos de nos afastar, convenhamos!
Agora o lado real, tudo na vida tem um custo, e como o famoso ditado "Não Existe Almoço Grátis", e existem variáveis diversas, algumas poderemos financeiramente dar um custo outras são valores importantes, mas que a avaliação passa de forma individual e imaterial, o exemplo disso é o tempo, dizem conforme outro ditado que "Tempo é Dinheiro" como precificar esta questão?
Vamos dar um exemplo de um psicólogo que cobra genericamente para ouvir pessoas e dar orientação, qual a diferença para o ofício de um sacerdote, de certo algumas, porém o foco é tornar as pessoas felizes para com elas e o que esta ao redor delas! Alguns vão dizer que o psicólogo estudou por quatro anos e isto esta correto, mas quantos que seguem um caminho sério ocultista estudaram? Eu conheço mestres que se dedicaram grande parte de suas vidas, 15, 30, 50 anos, pessoas que atravessaram continentes em busca de trabalho de campo, com custos com livros aos quais muitos baseados nas áreas acadêmicas, quanto custa tudo isso? Quanto custa a dedicação de uma vida?
Agora a parte fácil! Quantos telefonemas você como orientador deu, quantos recebeu? E para receber teve que comprar o seu telefone, e se for fixo tem a taxa fixa da empresa de telefonia, você chegou a pensar nisso? Logicamente que não! E de ir até os locais de culto ou na residência das pessoas, quanto de combustível, quanto você destinou para a depreciação do seu veículo, em contabilidade, senão me engano é 5% ao ano, contudo você teve que comprar um veículo e pode ter financiado e ai entraram os juros bancários, mas tudo isso passa despercebido, até mesmo quando você enche o seu carro de objetos ritualísticos ou pessoas detonando seus amortecedores.
Chegando ao local tem o aluguel para pagar, o dono do local não esta nem ai se você faz filantropia, ele quer o seu pagamento, o que é justo, afinal ele trabalhou para ter o bem, e se você já é proprietário, quanto te custou? Quem vai pagar o gás, a energia elétrica, agua e os impostos, e senão houver impostos, vai que você tenha isenção por templo religioso, quanto pagou de documentação para registrar isso em cartório? Ah mas eu faço tudo pela internet, posso fazer de graça! Outro engano, quem comprou o seu computador? Quanto custa o serviço de internet, o domínio do seu site, sua hospedagem, energia eletrica, quanto tempo você fica na frente dele e que nesse tempo você poderia estar se dedicando a lazer ou mesmo trabalhando?
Ufa! Esta ficando difícil e você começa a compreender que ser um sacerdote sem custo tem custado muito para a sua pessoa física! Mas não termina ai, tem o material de ritualística, têm os incensos, velas, essências, e como são caras essas coisas em lojas esotéricas, então você passa a buscar em outros locais e a gastar mais combustível para encontrar algo mais barato, ledo engano, o que ganhou nos valores dos produtos perdeu em combustível! Mas tudo bem, no seu espaço as pessoas trazem incenso, fazem a fogueira e eu não tenho este custo...... "todo mundo é fraterno" e ai começa os resmungos, que o sujeito X faz menos que o sujeito Y, que começa a questionar o que ele gasta com o que você possa recolher de ajuda de custo, começam as dúvidas de idoneidade, a discordar de como você dirige as esmolas que recebe e a "imensa fortuna" em notas de 5 e 2 reais, afinal você esta cobrando e não é mais digno de cuidar da espiritualidade de ninguém, e você passa de mestre a desvirtuador em um piscar de olhos, esquecendo naturalmente de todo o conhecimento passado, das ajudas oferecidas, das orientações, abraços apertados e do tempo dedicado.
Então chega o momento que você olha para o passado e observa que todas aquelas pessoas humildes e amigas lhe viram as costas, na melhor das hipóteses, a grande maioria sai te difamando aos quatro cantos, e de mestre bondoso você passa por agiota da espiritualidade e estrelinha da mídia.
Na vida todos nós esperamos a contrapartida, você dá amor e quer receber carinho, você dá atenção e quer companherismo, você é fraterno e quer fraternidade, você ensina e quer um aprendiz que aprenda, não adianta se iludir que você é auto-suficiente, isso faz parte da necessidade humana, a humanidade vai encontrar sempre um modo de equilibrar o fazer com o receber e às vezes passa despercebido, tal como a mulher que não tem a atenção recebida que torra sua frustração no cartão de crédito ou do homem que bebe para ser "feliz", sejamos verdadeiros com relação as nossas válvulas de escape.
Analisando a questão, ser mestre pode ser um mau negócio financeiramente falando, pois nessa luta de dois cães bravos, o idealista e o realista vai lhe gerar apenas frustração e quebra financeira. O que estou dizendo com isso? Que você não ensine mais, pois as cobranças emocionais e financeiras são duras? NÃO! Digo para que seja lúcido e reveja que dinheiro é apenas retribuição e se você trabalhar bem com essa energia será uma pessoa próspera e feliz, que toda essa questão de punir o dinheiro é uma ilusão e que existe a necessidade real da contribuição de alguma forma e pode ter certeza que existem "contribuições" que ficam bem mais caras do que dinheiro!
Dai um dia você acorda e percebe que vive de esperança e idealismo e que isto é problema exclusivamente seu, pois a grande maioria lhe será ingrata e ficará feliz quando pelo menos não lhe forem grata.
Para muitas pessoas a moeda é um tabo, mas entendendo que nossa sociedade trabalha dessa forma e que para se ter um sonho concretizado e aqui me refiro a um espaço físico próprio, por exemplo, que lhe proporcionará, caso queria, um modo mais real até de praticar caridade, é preciso ser consciente dessa energia, e quando digo isso me baseio no equilíbrio, sendo justo e honesto, valorizando o seu tempo e o seu conhecimento.
Dentro do segmento especifico da Bruxaria Tradicional temos um pacto com a prosperidade, isso não quer dizer que você precisa extorquir alguém, mas que você deve se analisar com propriedade e entender de forma justa quanto vale o seu trabalho e o quanto as pessoas lhe dão de trabalho! Pois críticas e elogios virão independentes se existe ou não a contrapartida financeira, nem mesmo o desapegado e caridoso esta livre do julgamento.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Religião pré-cristã basca e mitologia

Religião pré-cristã basca e mitologia

Há fortes evidências de religião anterior à Era Cristã, refletidas em incontáveis lendas e tradições duradouras. Essa religião pré-cristã era aparentemente centralizada em um espírito feminino superior: Mari. Seu consorte Sugaar também parece ter alguma importância. Esse casal de deuses parece manter um poder étnico superior e também o poder da criação e destruição. Diz-se que quando eles se recolhiam nas cavernas dos altos picos sagrados, eles produziam as tempestades. Esses encontros tipicamente aconteciam nas noites de sexta-feira, o dia histórico do encontro das bruxas. Dizia-se que Mari residia no monte Anboto, e periodicamente ela cruzava os céus como uma luz brilhante para alcanças seu outro lar no monte Txindoki.
Outra divindade parece ser Urtzi (também Ost, Ortzi: "céu"), mas também parece que ele foi importado, porque as lendas não falam dele. Porém seu nome aparece como um dia da semana, nome de mês e eventos meteorológicos. Na Idade Média, Aymeric Picaud, um perergino francês, escreveu sobre os bascos, dizendo: et Deus vocant Urcia ("e o nome de seu deus é Urci-a", sendo o -a o nominativo basco ou artigo sufixado).
As lendas também falam de diversos espíritos ou gênios, como jentilak (equivalente aos gigantes mitológicos), lamiak (equivalente às ninfas), mairuak (construtores dos círculos de pedra, literalmente "mouros"), iratxoak (demônios), sorginak (bruxas, sacerdotisas de Mari), etc. Basajaun é uma versão basca para o homem selvagem. Há um trapaceiro chamado San Martin Txiki ("San Martin Pequeno").

terça-feira, 15 de maio de 2012

Entendimento da Bruxaria Tradicional como Caminho

Durante nossa caminhada percebemos que não seria apenas difícil ter que divulgar a Bruxaria Tradicional, mas além dessa divulgação informar e até quebrar muitos dogmas que as pessoas estavam habituadas a escreverem diante do que ouviam sem mesmo refletirem sobre o que elas estavam lendo, ou seja, sem muito filtro, para elas as únicas leituras que tinham acesso eram alguns artigos muito mal traduzidos de feitiçaria inglesa, que logo foram rotulados como Bruxaria Tradicional, sem nenhuma análise mais profunda sobre a questão.
Embora o Conselho de Bruxaria Tradicional tenha mostrado muitos outros conceitos e esclarecido muitas questões e colhido bons frutos com seu trabalho, além logicamente de dar aos sinceros peregrinos, mais elementos para suas reflexões, tivemos que cruzar com interesses econômicos e pessoas errantes e difamadoras, entretanto temos ciência que nosso trabalho agrega a sociedade pagã e nos distancia de grande parte de pais e mães de poste, do público juvenil rebelde e das outras visões baseadas nas práticas de malefício e anti-cristianismo.
Vejo com muito bons olhos os trabalhos realizados por nossos conselheiros que são praticantes e acadêmicos, hoje as pessoas conseguem separar o que é Bruxaria de Feitiçaria, conseguimos esclarecer coisas básicas, por exemplo, que um maçom não é um bruxo e sim um magista, que lidar com magia não é exclusividade da Bruxaria e que temos uma diversidade ocultista de muitas linhas, com isso abrimos um leque de oportunidades para as pessoas se encontrarem!
Isso faz uma grande diferença! Não perdemos tempo em mostrar "verdades" mostramos caminhos para que as pessoas encontrem suas verdades! Do mesmo modo que não nutrimos sentimentos negativos, lamentamos que ainda existam pessoas que continuam a agredir as outras por intolerância religiosa, em agredir instituições e se envenenando com o sucesso dos outros, isto não esta apenas em nosso discurso, esta em nossos atos também.
O Conselho de Bruxaria Tradicional não reconhece o Voodoo, o Catimbó e a Feitiçaria Católica como práticas de Bruxaria, embora todas contenham em si a tradicionalidade de seus povos.
Para maiores informações acessem o nosso site e obtenha um conhecimento de valor.

Abraços Fraternos,

Ricardo DRaco
Conselho de Bruxaria Tradicional no Brasil

Esta casa segue pelo caminho do Paganismo Tradicionalista, caso não concorde com nossa religiosidade procure um local que corresponda com suas crenças ou práticas.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Mitos e Lendas Bascas

Mitos e Lendas Bascas

Apesar da cristianização sofrida pelo povo basco no ultimo milênio, e as perseguições da Inquisição - especialmente durante o século XVII, que contam em seus anais dois dos mais sangrentos da Inquisição: os processos de Logroño contra a chamada "seita das Bruxas de Zugarramurdi" e o de Bayonne, no País Vasco francês – o povo basco tem conservado numerosas lendas que nos transmitem uma antiguíssima mitologia própria.

A religião pré-cristã estava aparentemente centrada em um gênio ou divindade central de caráter feminino: Mari. Seu consorte Maju ou Sugar também parece ter alguma importância. Este casal ctônico (subterrâneo) parecia ter o poder ético supremo e também o poder de criar e destruir. Dizia-se que quando eles se reuniam nas cavernas e nos picos sagrados, engendravam tempestades. Estas reuniões se realizavam na noite de sexta-feira, o dia do akelarre (reunião das bruxas). Os "zezen gorri" o "behi gorri" (Betizu), touros selvagens autóctones, foram responsáveis por proteger os tesouros nas cavernas onde morava a deusa.
Dizia-se que Mari vivia no Monte Anboto, e periodicamente cruzava os céus como uma luz brilhante para ir para sua outra casa no monte Txindoki. Segundo uma das tradições, a cada sete dias Anbotoko Mari viajava de sua caverna no Monte Anboto para outro em outra floresta (de acordo com cada história, essa mudava), o tempo era úmedo quando estava no Monte Anboto e seco, quando estava no Alona ou Supelegor ou Gorbea. É difícil saber a antiguidade desta lenda, apesar de os elementos pagãos, um de seus nomes, Mari Urraca, a relaciona com a princesa histórica de Navarra dos séculos XI e XII e outras lendas dizem que tinha um irmão sacerdote católico, ou seu marido foi o primeiro senhor de Vizcaya, Diego López de Haro.
Outra suposta divindade celeste era Urtzi (o Ost, Ortzi: céu), é semelhante ao latino Júpiter, mas esta parece ter sido importada, uma vez que as lendas não a mencionam. No entanto, seu nome aparece nos dias de semana, nos meses e em fenômenos meteorológicos.
A velha religião Basca é, portanto, ctônica, tendo todos os seus personagens sua morada na terra e não no firmamento, que aparece como um caminho vazio por onde Mari ou Maju viajam de montanha em montanha ou pastoreiam seus rebanhos de nuvens.
As lendas também falam de muitos gênios, tais como:
  • Jentilak equivalente a gigantes.
  • Lamiako equivalente a sereias, ninfas e fadas.
  • Mairuak, os construtores de dólmenes ou círculos de pedra, que literalmente significa mouros neste aspecto deve ser notado que em muitas partes da Espanha é genericamente conhecido como Moro.
  • Iratxoak (que vem a significar "duendezinhos").
  • Sorginak, feiticeiras, sacerdotisas de Mari, ou simplesmente bruxas.
Basajaun é a versão basca do homem selvagem da floresta, mas tem grande importância no imaginário pagão Basco, em vários aspectos diferentes, quer como um protetor dos rebanhos e pastores, ou que desempenhem funções de um fauno, ou como um Deus de quem se roubam segredos tecnológicos (como a serra, a agricultura, etc).
Também aparece Txiki San Martín (San Martín o Pequeno"), que é uma figura lendária, assim como algum padre católico, que na mitologia basca atua de fato como mais um gênio.
Mamarro, que são os duendezinhos de casa, também conhecido em outras partes dos Pirinéus como Enemiguillos, que poderão ser benéficos ou travessos, mas também existem alguns casos em que um ser humano (geralmente um sacerdote) os tenha domesticado.
Sabemos que muitas dessas histórias se tornaram parte da cultura basca a poucos séculos atrás, ou como parte da superstição romana. Outros personagens da mitologia basca são Gaueko, Tartalo, o Galtzagorris, o dragão primogênito Herensuge.
Por outro lado, Jentilak ("gigantes") eram um povo lendário da Idade da Pedra, que vivia nas terras altas e que não conheciam o ferro. Muitas lendas dizem que eles eram muito grandes e muito fortes, mas foram expulsos pelos ferrones, ou ferreiros, até seu desaparecimento total. Eram pagãos, mas um deles, Olentzero, soube da chegada de Jesus Cristo e foi dar a boa notícia a todos os habitantes da sua terra, porque com este nascimento todos os seres mitológicos antes descritos desapareceriam para sempre. Olentzero, depois de trancar os Jentiles em uma caverna, foi dar a notícia.
Depois disso a tradição cristã o converteu em carvoeiro, que traz carvão para crianças más no Natal e presentes para os bons no País Basco.

Fonte: http://www.donostiapasoapaso.com/pt-BR/culturabasca/mitoselendas